Há uma megatendência que se destaca no mundo e na construção civil atualmente: ser sustentável. E as vantagens de se olhar para essa possibilidade superam a questão ambiental.
Por mais que sejamos induzidos a pensar somente na questão ambiental, ser sustentável também diz respeito a números e planilhas.
Enfim, ser mais sustentável também reflete na parte econômica de uma obra.
Mas aliar essas duas pontas tão importantes é o mais interessante que a tecnologia, a pesquisa e a inovação podem fazer por nós.
Por um lado, gastar menos em algo de qualidade sempre é vantajoso.
Por outro, saber que a construção onde a gente vive ou trabalha causa menos impacto ao meio ambiente também é incrível.
Quais características têm em comum as construções sustentáveis? Dependendo da equipe de engenharia e arquitetura, as construções recebem algumas, todas as tecnologias a seguir.
Tecnologias de construções sustentáveis
1. Projeto
O planejamento da obra já precisa ser sustentável. E isso acontece desde a concepção da construção.
Portanto, entra aí, todo o ciclo para uma obra.
Vai desde os primeiros estudos de viabilidade, passa pela elaboração, de fato, do projeto, até a descrição das especificações.
Pensar na insolação e na ventilação que beneficiem a entrada de luz e de vento já contribui bastante com a diminuição do uso de energia para aquecer nos dias mais frios e de condicionadores de ar para resfriar o imóvel quando está mais calor.
A partir do modelo 3D de um imóvel é possível prever a eficiência energética com o uso de um programa.
Portanto, pode valer a pena utilizar um tempo maior no planejamento do imóvel.
2. Construção modular
Feita total ou parcialmente em uma obra, esse modelo utiliza módulos industrializados, cujas estruturas vão prontas até o local da obra. Depois, são dispostas e encaixadas sobre a fundação.
É uma forma rápida de execução de uma obra.
Destaca-se pela economia na mão de obra e redução de desperdício de materiais, o que resulta em menor montante de entulho, sendo assim mais sustentável.
3. Uso de fontes renováveis de energia
A questão energética está cada vez mais disseminada na construção civil e no interesse de quem quer construir ou comprar um imóvel.
Qualquer que seja o método construtivo utilizado para a estrutura, a eficiência energética precisa ser contemplada – tanto durante a construção quanto depois, no uso do imóvel.
Já enquanto a estrutura sobe, é possível instalar placas fotovoltaicas e reduzir o consumo de energia elétrica para a construção.
No projeto, deve-se pensar na incidência solar.
O objetivo é que os raios solares atinjam boa parte do dia as placas, para que a produção de energia seja a mais eficiente possível.
Há, sim, um investimento inicial razoável.
Porém, muita gente paga somente a taxa mínima de energia (obrigatória, à concessionária local) por décadas, resultando em uma economia importante na conta de luz.
Outra possibilidade de, a partir da tecnologia e do sol, tornar a casa mais econômica, é a instalação de um sistema de aquecimento com coletor solar térmico.
Com coletores solares (também são placas) e um reservatório térmico, é possível ter água quente na casa sem acionar outra forma de energia. Novamente gasta-se menos a partir de uma tecnologia.
4. Economia de água
A captação e o reuso da água da chuva certamente fazem diferença um um imóvel.
Com esse sistema, a água proveniente da precipitação pode ser utilizada em descargas, na limpeza doméstica (como lavação de calçadas) e na rega de plantas.
Outra medida que pode ser tomada, e é bastante simples, é a instalação de redutores de vazão nas torneiras.
5. Automação residencial: a casa inteligente
Via comandos em aplicativos ou mesmo por voz é possível controlar vários equipamentos em sua residência.
Vamos falar primeiro das lâmpadas, por onde geralmente começam as automações das casas.
Basta comprar lâmpadas com conexão wi-fi e suporte para algum assistente virtual.
Além do básico – ligar e desligar -, algumas delas possuem cores e intensidades variadas e têm a opção de mostrar o gasto energético.
O piso aquecido é outro equipamento interessante, mas que idealmente é pensado no projeto do imóvel.
Com seu uso, o conforto térmico é melhor do que o provindo de condicionadores de ar, por exemplo.
Para esse sistema ser ainda mais atrativo: estima-se que o consumo de energia seja 45% menor do que quando utilizado o ar condicionado.
O melhor desse sistema é que você pode escolher a temperatura desejada e o espaço no qual a quer.
A redução de umidade torna o aquecimento do piso ainda mais atrativo: dessa forma, a proliferação de fungos é reduzida consideravelmente.
6. Uso de materiais mais tecnológicos
Há anos a indústria vem pesquisando materiais eficientes, mas mais vantajosos. Entretanto, na construção civil brasileira, agora é que alguns desses materiais estão ganhando mais visibilidade.
Um desses casos é o vergalhão de fibra de vidro.
A diminuição do impacto ambiental é surpreendente, além de não perdem eficiência, uma vez que não se decompõem e não sofrem corrosão.
O material é muito mais leve do que modelos convencionais. Apesar disso, é bastante resistente.
Além disso, o vergalhão de fibra de vidro mantém todas as propriedades mecânicas e térmicas (baixa condutividade), garantindo total segurança à obra.
Como ele não se altera devido às mudanças de temperatura, o uso do vergalhão de fibra de vidro evita tensões internas e, consequentemente, qualquer tipo de rachadura no concreto.
Portanto, é menos manutenção, futuramente.
Na balança do preço, o vergalhão de fibra de vidro pode custar mais inicialmente.
Porém, com tantas vantagens ao longo do tempo – especialmente pela não necessidade de manutenção -, ele se torna mais econômico.
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