Tudo que é planejado, tem mais chances de dar certo. Quando se fala em planejamento de obra, a regra também se aplica. E melhor do que resultados que atendam as expectativas, é alcançar esse objetivo gastando menos.

O planejamento de obra, no entanto, vai muito além de enxugar o orçamento. Quando se despende um tempo maior nessa etapa, o andamento da obra flui melhor, desde a fundação até a entrega.

E, sim, imprevistos acontecem. Mesmo que todos os detalhes sejam cuidadosamente planejados, há fatores que podem mudar os planos durante o processo. Mas, como dizem, ‘um prevenido, vale por dois’. 

Em outras palavras, planejar é a melhor alternativa, não só para evitar ‘surpresas’, mas também para saber lidar com elas quando (e se) aparecerem, além de contribuir para a qualidade das edificações, beneficiando tanto quem as utiliza, quanto o meio ambiente.

Continue lendo para entender melhor a importância do planejamento da obra.

Como manter a qualidade e economizar ao mesmo tempo?

‘A pressa é inimiga da perfeição.’ Esse é um ditado (muito) popular, porque é isso mesmo que acontece. Sempre que algo é feito às pressas, sem planejamento, há um grande risco de dar errado. 

Outro ditado que se ouve por aí é em relação ‘ao barato que sai caro’. Na intenção de economizar, se perde tanto em qualidade que o que foi feito precisa ser refeito e, obviamente, pago outra vez. 

Essas são duas verdades que a maioria das pessoas já comprovou na prática. E as duas têm a ver com o assunto que estamos abordando aqui: planejamento de obra. É claro que servem para situações mais rotineiras, mas quanto maior o investimento, maior o prejuízo se for o caso de refazer, certo?

Então, voltando ao tema principal, tempo é um fator importantíssimo para conseguir associar economia e qualidade na construção civil. 

Com tempo, é possível negociar preços, já que o prazo de entrega pode ser mais flexível. Também dá para esperar que um produto com bom custo/benefício, mas que está esgotado, volte ao catálogo. Ainda, é mais fácil contratar mão de obra qualificada, porque o profissional, ou a empreiteira, consegue se organizar para ter disponibilidade no período desejado.

Quando se tem tempo, não precisa comprar o primeiro produto que aparece ou aquele que tem estoque, abrindo mão da qualidade; nem contratar uma empreiteira qualquer, porque é a única que está disponível.

Enfim, é assim que o planejamento da obra permite economizar, sem perder qualidade.  

Como o planejamento de obra interfere no resultado?

A diferença entre um empreendimento bem planejado e outro ‘feito a facão’, para usar outro jargão bastante conhecido, na teoria e na prática, é visível.

Enquanto o primeiro apresenta primor nos acabamentos, cuidado com os detalhes, mesmo aqueles que ficam invisíveis depois de concluída a obra, o segundo tem imperfeições bem visíveis, que prejudicam a valorização do imóvel, se foi pensado para venda ou locação, ou geram algumas dores de cabeça se o proprietário não ‘fizer vista grossa’ para os defeitos e exigir a refação.

O que separa esses dois possíveis resultados não é nenhum ‘segredo guardado a sete chaves’: se chama planejamento.

Se for investido tempo suficiente no planejamento, muitas noites mal dormidas podem ser evitadas durante a execução da obra e depois disso também. Isso porque, muitos problemas em imóveis de todos os tipos só aparecem quando eles começam a ser utilizados efetivamente, ou seja, depois de concluída.

Contudo, a responsabilidade de quem construiu não termina com a entrega das chaves. Para todo problema que surgir, o responsável será acionado para resolver. E é nessa hora que bate o arrependimento por não ter feito o planejamento da obra ‘como manda o figurino’.

Como contemplar inovação e tecnologia no planejamento da obra?

Até aqui falamos de vantagens que o planejamento da obra representa para economizar e, ao mesmo tempo, garantir a qualidade. 

Os benefícios do planejamento, no entanto, vão além disso, e podem, mais que gerar economia na hora de construir, melhorar a qualidade das obras e, por consequência, seu valor no mercado.

Exatamente isso… menos investimento, mais qualidade e maior valorização. 

E, sim, essa conta fecha, porque, quando se tem tempo para planejar uma obra, podem ser pesquisadas tendências de mercado, novas formas de execução, novos materiais desenvolvidos a partir de ideias inovadoras e com o uso de tecnologia. 

Não se trata de ‘reinventar a roda’, mas de estudar novas possibilidades para melhorar o que vem sendo feito, gerando benefícios para todas as partes envolvidas.

  • A construtora, que terá um investimento menor por empregar um novo método ou material. 
  • Os profissionais no canteiro de obras, que terão mais facilidade para realizar os trabalhos. 
  • Os usuários da obra, que terão à disposição espaços confortáveis, seguros e que contribuem para a qualidade de vida. 
  • O meio ambiente, que sofrerá menos impactos, tanto durante a construção, quanto depois de concluída a obra, em função do emprego de recursos e técnicas mais sustentáveis – o que é uma das tendências na construção civil.

Já deu para perceber que sem o planejamento da obra se cria um cenário propício para o surgimento de problemas. Alguns mais simples, outros mais graves, e todos passíveis de serem evitados – ou, na pior das hipóteses, minimizados.

O tempo investido no planejamento será economizado na execução, ou seja, nunca é tempo perdido. Isso é ‘tão certo quanto dois mais dois é igual a quatro’, que encerramos esse texto com uma frase atribuída a Abraham Lincoln, ex-presidente dos Estados Unidos:

“Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando meu machado.”